Adivinhem quem veio para o 1º Palco aberto da matinê? (por Leide Jacob) - FIDS

Adivinhem quem veio para o 1º Palco aberto da matinê? (por Leide Jacob)

  05, May, 2022

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O Palco Aberto das 13hs, nossa matinê de terça, foi aberta por quem?

Adivinhem…

Wallace Dutra, o próprio. Ele escapou do trabalho na hora do almoço e subiu ao nosso palco (no coração, já está) para nos surpreender com a leitura de “Ode ao burguês”, de Mário de Andrade. Uma homenagem aos 100 anos de Modernismo.

O Wallace é daqueles que não aceita 8 ou 80, tem que ser 88.

E ele é tão intenso que contagia a todos. Eu retomo aqui, logo mais.

Mas, para vocês que leram o que escrevi sobre o primeiro Palco Aberto (de ontem à noite), adivinhem quem mais retornou e marcou presença?

O Emerson M. e a Fernanda Freitas. Sim, eles, que estiveram na oficina do Wallace, no Palco Aberto de ontem e hoje bateram cartão aqui de novo. Coisa linda esse movimento interativo e de pertencimento que o FIDS nos proporciona.

O Emerson se apresentou por dois momentos, seguiu com 4 vídeos experimentais e depois mais dois, complementados por um texto sobre arte e violência, “Eu canto, a bala canta”.

A Fernanda, que ontem leu um texto sobre “negritude”, hoje apresentou uma cena em vídeo com o mesmo texto. Ela está em um mergulho profundo no FIDS, se inscreveu para todas as oficinas, não quer perder nada, disse que vem da área biológica (dentista), mas já se rendeu ao Teatro Essencial. Já está em casa.

Além dos de sempre desde ontem (rsrsrsrssr), apareceram artistas novos por aqui.

Felipe Bentes chegou chegando. Disse que, de ontem para hoje, perdeu o sono. Descobriu o FIDS pelo Instagram na madrugada. De manhã, assistiu a palestra da Denise sobre MEMÓRIAS e já escreveu o texto “o que é ancestralidade”. Subiu ao palco, leu o texto e revelou que o FIDS foi o chamado que precisava. E não ficou só nessa, voltou minutos depois para ler outro texto.

Eu me comovo com estas histórias porque eu sei o que o FIDS representa para o Felipe e para cada um de nós aqui, inclusive para você, que me lê.

Mas, calma, tem mais.

O Mingo, que também se apresentou ontem, voltou para apresentar um vídeo incrível chamado “Gota D’agua”. Ao som de gotas pingando, ele, em mímica, faz uma série de manobras para arrumar o vazamento, idas e vindas, mas no final tudo se transborda.

Quanta potência em tão poucos elementos, incrível.

A Alessandra Tsuruda (em destaque na foto deste artigo), cantou uma cantiga japonesa sobre “tulipas”, que as crianças aprendem na escola. Ela é paranaense e logo rolou uma sinergia e identificação com a Denise.

O Maury, da produção do FIDS, entrou para dar o ar da graça e dizer um oi. Não poderia deixar esta participação fora do texto. Ele já fez isso em outros momentos, eu adoro esta intimidade dos batidores.

Mas retomando aos parênteses que deixei em aberto no início, sobre a atuação contagiante do Wallace, inspirado nele, o Davi, diretor artístico do FIDS, reescreveu o “Manifesto Pau-Brasil”, original de Oswald de Andrade, ressignificando-o para homenagear a Denise, citando seus textos e espetáculos. Davi não apenas escreve muito bem, mas atua. Momento catártico.

O Maury Cattermol enviou um texto, lido por Davi, em homenagem à Marina Lima. Comentou sobre o disco “registros a meia voz”, que considera um divisor de águas do trabalho da cantora.

A Perla Tarello, que está na programação do FIDS na sexta-feira com a solo performance “Absurdo Poder… Transformação”, fez vários comentários durante as apresentações e disse que vai se inscrever para o Palco aberto da noite de hoje.

Venham junto porque a noite promete.