\u00c0s 22hs, 07 de maio, o nosso sabad\u00e3o ferveu. Na noite anterior, o Davi<\/strong>, diretor art\u00edstico do FIDS, finalizou o Palco Aberto com o \u201cManifesto do Pau Essencial\u201d, causando euforia geral nesse mund\u00e3o faloc\u00eantrico. Ai, ai ai. Mas, para nossa alegria, como o mundo n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 pau, sabadamos com destaque para outra parte do corpo, algo presente em todes. Chegaremos l\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

Ali\u00e1s, a noite j\u00e1 come\u00e7ou quente. Camille<\/strong> nas \u201cboas vindas a todes\u201d, sem saber (s\u00f3 voc\u00eas, leitores essenciais, sabem, rsrsrsrs) onde desandaria nosso Palco Aberto, anunciou \u201clista bem rica\u201d. Mui rica, mui.<\/p>\n\n\n\n

Carolina Tomasi<\/strong>, citada ontem pelo marido, Saulo, o aniversariante, foi a primeira. A Carol<\/strong> tem um programa pelo Instagram chamado \u201cNas vozes delas\u201d, onde entrevista mulheres atuantes nas mais diversas \u00e1reas. Ela, que estava com covid, isolada em casa, leu um poema que escreveu em homenagem a Rosa, uma costureira que trabalhava como escrava, sem direito a lanche, pausa, folga e f\u00e9rias. Uma poesia de luta, resist\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Camille<\/strong>, r\u00e1pida no gatilho, desejou melhoras e fez a fila andar.<\/p>\n\n\n\n

Laura Lavorato<\/strong>, que est\u00e1 sempre por aqui, apresentou um v\u00eddeo chamado \u201cSolid\u00e3o expressionista\u201d, com referencias ao Hitchcock, usando sombras e uma ambienta\u00e7\u00e3o de terror. Camille<\/strong> elogiou, \u201conde voc\u00eas fazem estes v\u00eddeos, hein?!\u201d<\/p>\n\n\n\n

Paulo Fiche<\/strong>, que na manh\u00e3 j\u00e1 tinha avisado, chegou para apresentar a outra proposta de imers\u00e3o. \u201cOntem foi uma experi\u00eancia pantomima, agora vou ler o texto de ontem, \u2018O Galo e a arvore\u2019\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Wilson Loria<\/strong> comentou sobre o espa\u00e7o cultural na Pomp\u00e9ia, onde Denise Stoklos<\/strong> ministrava cursos, \u201cquando eu vim da Europa, em 2003, trouxe meu solo e estreei neste espa\u00e7o\u201d. Apresentou um trecho de sua performance e destacou a presen\u00e7a de Tais e Piat\u00e3, filhos de Denise<\/strong>, em uma das imagens do v\u00eddeo.<\/p>\n\n\n\n

E o pr\u00f3ximo? Sim, ele, o Wallace<\/strong>, que, generosamente, explicitou a continuidade de seus estudos. Disse \u201ctrago textos e ideias, um rascunho de \u2018Lilith\u2019, um solo em processo de cria\u00e7\u00e3o\u201d. Que riqueza de universos, Wallace<\/strong>. Sua apresenta\u00e7\u00e3o \u00e9 t\u00e3o refinada que nos veio como arte final.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTrouxe os avi\u00f5ezinhos\u201d, disse a Tina<\/strong>, brincando com um avi\u00e3ozinho em miniatura. Emendou, \u201cPensei em uma cria\u00e7\u00e3o coletiva\u201d. Risos. Piada interna …<\/p>\n\n\n\n

Veronica Artagaveytia<\/strong>, amiga da Perla<\/strong>, comentou sobre um trecho de um texto da Denise<\/strong> que diz \u201ccada ser humano ocupa um lugar no espa\u00e7o e este lugar \u00e9 somente ocupado por este ser humano\u201d. Fez a sua apresenta\u00e7\u00e3o concisa e intensa. Bravo!<\/p>\n\n\n\n

M\u00e1rcia<\/strong> apresentou um v\u00eddeo, onde ela est\u00e1 em frente a sua biblioteca. Ao som de um tango, indo de um lado para o outro de bra\u00e7os abertos, inclinou-se para tr\u00e1s, virou para o arm\u00e1rio com livros. De costas, se esfregou na biblioteca. Pulou. Passou a orelha nos livros. M\u00fasica \u201cTangera\u201d, de Fabio Hager. M\u00e1rcia<\/strong> comentou \u201cnasceu na pandemia, esses livros que fazem parte da minha vida, as testemunhas. A primeira arte que me salvou foi escrever e aqui foi esse encontro com o teatro\u201d. Muito interessante.<\/p>\n\n\n\n

Saulo Schwartzmann<\/strong>, o aniversariante de ontem \u00e0 noite, apresentou \u201cSegredo\u201d, um clip de sua autoria, dispon\u00edvel no seu canal do youtube.<\/p>\n\n\n\n

Solange Akierman <\/strong>apresentou uma par\u00f3dia do hino do brasil, \u201c… precisamos manter as for\u00e7as armadas e a dita dura …\u201d. Usou uma banana como microfone e falo, ops, falou. \u00d3tima performance.<\/p>\n\n\n\n

Solange Rossignoli<\/strong> leu um trecho de \u201cTempestade de almas\u201d, de Clarisse Lispector.<\/p>\n\n\n\n

O Emerson<\/strong> chegou ao vivo, sem v\u00eddeo-poesia. Compartilhou tela virada para si mesmo e come\u00e7ou sua narra\u00e7\u00e3o, \u201cartista presente\u201d. Ops, disse \u201cn\u00e3o, n\u00e3o, ela est\u00e1 se escondendo, a artista presente\u201d e virou a c\u00e2mera para a sua amiga artista, que estava ao lado. Continuou \u201cv\u00eddeo vivo, ao vivo, de pouco tempo atr\u00e1s. Me deram 5 minutos, mas eu vou em tr\u00eas. Quanto tempo ainda tenho para gritar amor e liberdade? Amor e liberdadeeeeeee\u201d. Que maravilha, Emerson<\/strong>. Sempre com muito humor e alto astral, nos surpreendendo com suas performances, seja em v\u00eddeo, poesia ou performance ao vivo.<\/p>\n\n\n\n

O tempo estava acabando, mas a\u00ed, tam, tam, tam, tam… Finalmente, novamente inspirado no \u201cManifesto do Pau-Brasil\u201d, o Davi<\/strong> apresentou seu \u201cManifesto do c\u00fa\u201d, etiquetando-o como \u201co \u00fanico buraco do mundo universal, comum a todo mundo\u201d, homem, mulher, transvesti, transmasculine, n\u00e3o bin\u00e1rie, todos. Segundo o Manifesto, \u201ccabem caralhos, bananas, dedos …\u201d. Eu, que j\u00e1 havia gostado do \u201cManifesto do pau\u201d, amei o \u201cManifesto do c\u00fa\u201d. <\/p>\n\n\n\n

Agora quero o \u201cManifesto da vagina\u201d.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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