Fazer-se na solo-performance. Fazer-se no digital-contemporâneo (por Cleide Vilela)

  02, May, 2022

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O que é dramaturgia? Perguntou Wallace Dutra após leitura dramática. É a “ocupação do espaço cênico: luz, cenário, figurino” ou “o fio que tudo pode comunicar” ou “a ação de fazer algo: fazer luz, movimento, escrita”. O fazer, o exercício como possibilidade.

Primeiro, a escrita em fluxo. Escrita que delimita uma primeira camada: a fala de uma personagem. Uma segunda: o movimento. Um movimento que desobedeça a escrita, nova informação. Por fim, a composição de som: um ruído, uma música ou apenas o silêncio. Poderiam ser acrescentadas mais camadas: uma cor, um figurino, um cenário, uma luz. Para o exercício do dia: a escrita, o movimento e o som compõem o vídeo de um minuto de cada participante.

A técnica. A montagem. Sempre fascinante, sempre temida. Fizemos e postamos – no espaço da hora – aquilo que tínhamos em mãos. Logo depois, uma série de vídeos-minuto de Denise Stoklos mostrando o som, o movimento e o texto. Também, possibilidades de montagem. Complexos do que, a princípio, se mostrou muito simples.