Oficina de Wallace invade o Palco aberto (por Leide Jacob)
  03, May, 2022
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Dizem que o primeiro dia é sempre mais acanhado. Não foi para o Wallace Dutra. Aliás, para ele nunca é.
Depois de ministrar a oficina “Dramaturgias para solo performance com experimentos digitais contemporâneos”, Wallace invadiu o primeiro Palco Aberto. Apresentou-se por duas vezes. Na primeira, leu o texto “tarântula”, da Ave Terrena Alves.
Wallace domina as artes cênicas, entra por inteiro com seu corpo, gesticula com as mãos, levanta os braços, movimenta-se com plenitude diante da câmera. Não dá ponto sem nó, com a luz apagada, acende a lanterna para dirigir o olhar do espectador.
Eu não consegui presenciar a sua oficina, uma pena. Mas tive a felicidade de estar neste Palco Aberto e assistir às suas performances. Mais ainda, sabem o que aconteceu? Dois artistas que participaram da oficina do Wallace vieram também para mostrar as suas produções.
Um deles, foi o Emerson M., que apresentou 3 vídeos. Os trabalhos são sensoriais, com alterações nas imagens e sons. O primeiro foi sobre o tempo. O segundo traz imagens da Denise como regente. E o terceiro também exibe imagens de Denise falando, sem som.
Outra, também participante da oficina do Wallace, foi a Fernanda Freitas, que nos presenteou com um texto sobre negritude.
Além do Wallace e sua “thurma”, nosso primeiro Palco Aberto foi estreado pelos seguintes artistas:
Andre Stoklos leu seus textos;
Fabricia Freire leu um soneto;
Paulo César Friche leu um “ato em nome das galinhas”;
Mingo, de Brasília, leu “os ratos e a fábula”;
Camille Papini leu um poema dela;
Anesia Barradas, que faz parte do Corpo de Escritoras do FIDS, leu um texto;
Geroncio Macedo leu um conto sobre “perspectiva”. Com a câmera fixa em um quadro na vertical, três notas do piano eram constantemente tocadas. A história tem viradas, acompanhadas pelas notas que vão mudando até descobrirmos que ele estava em uma aula de piano. Muito criativo e interessante.
Luiza leu um trecho de um artigo que fala sobre o 1o FIDS e a volta de Denise para os palcos de Iratí, “Denise Stoklos, dos palcos do mundo para Irati”.
Davi Giordano, diretor artístico do FIDS, também participou lendo dois textos. Um deles é sobre amizade e está em seu livro “Aprendendo a Dizer Não com Afetividade” (foto).
O primeiro dia de palco aberto foi esclarecedor do quão as oficinas são importantes para a formação dos artistas. E, no FIDS, Wallace provou que elas são o alimento do Palco Aberto.
2 comentários
Denise Stoklos
3 years agoLeide querida, seus textos são excelentes e estão trazendo muita Força ao FIDS. Obrigada por sua importante participação! Beijos!
Leide Jacob
3 years agoDenise, amada, adorando demais o Fids. Uma honra participar deste espaço tão nobre. Obrigada. 😉
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