1968-2022 (por Tina Andrighetti)
  06, May, 2022
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Wallace…o que dizer de você? Do seu espetáculo COMITÊ DO SONHO? Sou suspeita, admiro você desde meu primeiro contato com o Teatro Essencial, acho que 2017. Nunca lembro com exatidão, mas parece muito mais que esse tanto de vida.
Acompanho suas buscas seguindo-o nas redes, nos já promovidos encontros essenciais, nas vídeo-chamadas que fazemos, vez ou outra… e sim, Wallace, posso dizer que testemunho o seu percurso e amadurecimento. Desde quando a cena ainda era mais desejo do que ocupAção.
O trabalho de hoje tem a sempre presente pesquisa, tem consistência, tem história, tem crítica, mas agora com mais requinte. Wallace escreve os próprios textos e se desdobra para dar conta de tudo na cena, pois a dramaturgia que concebe cabe no seu quarto, que se agiganta de recursos praticamente artesanais pra abraçar toda poética que nenhum vírus e nenhum fascista vai matar.
Wallace…o que dizer de você? Do seu espetáculo COMITÊ DO SONHO? Sou suspeita, admiro você desde meu primeiro contato com o Teatro Essencial, acho que 2017. Nunca lembro com exatidão, mas parece muito mais que esse tanto de vida.
Acompanho suas buscas seguindo-o nas redes, nos já promovidos encontros essenciais, nas vídeo-chamadas que fazemos, vez ou outra… e sim, Wallace, posso dizer que testemunho o seu percurso e amadurecimento. Desde quando a cena ainda era mais desejo do que ocupAção.
O trabalho de hoje tem a sempre presente pesquisa, tem consistência, tem história, tem crítica, mas agora com mais requinte. Wallace escreve os próprios textos e se desdobra para dar conta de tudo na cena, pois a dramaturgia que concebe cabe no seu quarto, que se agiganta de recursos praticamente artesanais pra abraçar toda poética que nenhum vírus e nenhum fascista vai matar.
O texto, o gesto, a luz, as imagens, as cores…tudo mais preciso e cirúrgico. A pele ora se faz de tela para imagens fortes, de um maio de 68 nada amigável, em contraponto à suavidade de sua voz, cuja narrativa lembra uma história contada a uma criança. Sem interpretação, sem sugestão. Wallace, você é cada vez mais símbolo. Cada vez mais vontade. E isso, penso eu, é ser essencial