O Palco Aberto é nosso espaço de trocas (por Leide Jacob
  06, May, 2022
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Quarta-feira, dia 04 de maio, às 13hs, começou nosso 4º Palco Aberto. É nosso porque é um espaço livre para trocas. Tem aqueles de sempre e outros que chegam de surpresa, o que é uma delícia.
Perla, do grupo dos “de sempre”, que arrasou no Palco Aberto de ontem à noite, com a “caça ao tesouro”, diz que está finalizando outro vídeo para apresentar, mas não sabe se haverá tempo de terminá-lo. Eu e a torcida do Corinthians estamos aqui, como cambada de loucos, para ver você, mon amour.
Ana Luiza Pradella, que tá com a gente todos os dias, na produção do FIDS, disse que entrará com “umas borboletas poéticas”. Rsrsrsrs. Ficou de participar. Torcida aqui esperando, com flores.
O Davi leu o texto “Jovens, envelheçam” da Teresa Costalima, publicado no Corpo das Escritoras, no site do Festival. Aí, olha o crochê, vulgo fofoca, a Teresa já ficou falada. Quer dizer, ela já é. Imagino agora a cara dela com sorriso, mandando “há tempos”. Rsrsrsrs. No caso, amada, muito bem. A Denise comentou – olha o crochê, rsrsrs – que não pode participar da oficina, mas disse que está muito curiosa, que quer ver a gravação, que o Davi falou que foi incrível. Teresa, que honra! O Wallace contou que foi muito criativa, orgânica. Revelou que você encontra os materiais na rua e, a partir deles, cria os seus espetáculos. Danada, hein?!
E, já que eu estava lá, aproveitei para ler “Meu Jardim”, poesia da minha mãe. Nem apareço, mas devagar, me apresento. Um dia leio a poesia da mãe. No outro, mostro uma vídeo. Mais adiante, faço uma cena. E, no último dia, prefiro não dizer. Ops, escrever. Mas, até domingo, me liberto das amarras e me jogo de vez, nas dúvidas. Sem certezas. A torcida do timão duvida. Eu também.
Mas, vamos lá. Tô aqui para falar dos outros. Ops, escrever.
Eu tenho que, pelo menos, inventar alguma coisa de cada um que deu o ar da graça, né?!
Torcida do timão: “Éééééééé!”.
Então, vamos lá.
O Wallace, inspirado na Perla, peraí. Faço duas “obs” (seria “obses”?. Rsrsrs). A primeira é: quem não se inspira na Perla? Lamordadeusadenise, todos estão nessa, amore. A outra “obs” é que, Wallace, em que você não se inspira? Lamordadeusadenise, em tudo, more. Você se inspira em tudo. Aliás, você respira arte, tá no sangue, DNA, mente, corpo, voz, alma, todo. Você é arte, Wallace. Muito bom você sempre presente no nosso Palco Aberto!
Mas, retomando, o Wallace, inspirado na Perla, leu um trecho de “Relaciones”, de 1973, de Juan Gelman.
Ela devolveu. Indiretamente, mas devolveu. Pediu para o Davi ler dois poemas, um deles é “las cosas que quiero”. O Emerson, que também está “em casa”, disse “você tá com vontade de ler, Perla. Faz aí uma performance em dupla”. Rsrsrsrs
E ele foi o próximo. Emerson estava no Quilombo Casa Amarela e mostrou um vídeo que produziu com um morador local, em que o personagem roda um mecanismo e o Emerson diz, brincando, “acelera, Ailton, acelera, Ailton”. Divertido. Mostrou gifs com imagens da casa amarela, de copo de café e da galeria de fotos, entre outros. E mandou “para bom entendedor, meia Denise basta”, mostrando gifs com imagens recortadas da Denise. Muito bom.
O Wallace comentou no chat: “Emerson M. bebeu da água do Bill Viola, dois grandes videoartistas”. Concordo.
A Cláudia Ramos apareceu pela primeira vez. Disse que conheceu a Denise assistindo ao programa “provocação”, a entrevista que o Abujamra fez com ela. Claudia tem 53 anos e mora em Montes Claros, norte de Minas Gerais. Ela está no teatro amador há 3 anos e, ao conhecer Denise, pensou “eu achei uma pessoa que falou para mim o que devo fazer daqui para frente”. Completou, “de lá para cá, consumo tudo o que posso sobre Teatro Essencial”. Apresentou um vídeo em homenagem à Denise. Em plano médio, um personagem, de máscara do tipo “meias enfiadas na cabeça” e com cabelos de boneca, amarelos, gesticula enquanto fala: “Cabelos pensantes, mãos falantes, voz retumbante, corpo presente. É do Brasil il il il. É Denise Stoklos, é o teatro essencial”. Muito criativo.
Fernanda Freitas mostrou um vídeo que produziu em dezembro de 2020, em sua casa, com momentos íntimos e introspectivos. Denise comentou sobre a exposição da dor, “quem de nós não passamos por isso? Nossos momentos mais íntimos são ocultos da sociedade, mas podem ser poesia pura”.
O Davi leu Manoel de Barros, “o apanhador de desperdícios”. E, para encerrar, o Emerson falou mais sobre a “Casa Amarela”, o quilombo onde ele estava, que fica na Consolação, em São Paulo, e é um espaço de resistência e luta afro-guarani. “É uma ocupação cultural, com programação contínua, vale a pena conhecer”, convidando a todos para uma visita. Para lacrar, disse que estava por lá, “respirando arte e criando em qualquer parte”.
1 comentário
fernanda freitas
3 years agoagradeço pelas palavras doces e sinceras. agradeço pelas trocas e ensinamentos. fernanda freitas
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