ARTE É PRA QUEM SABE BRINCAR (por Maria Prado de Oliveira)
  18, May, 2022
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Um dia, vi um menino em cena, ele tinha cerca de 15 anos e eu não consegui ver o seu rosto, no lugar só vi Luz. O Teatro me aproximou desse menino, mas somente muitos anos depois começamos a fazer algumas parcerias profissionais.
Num outro dia de um dia, trafegando em utopias, decidi arrendar um Teatro em plena pandemia num momento onde já podíamos receber pessoas para ocupar metade da capacidade do espaço com todos os cuidados sanitários necessários, é claro. Chamei este menino, onde vi Luz naquele dia e em dias vários e em anos após anos segui vendo brilhando nos palcos, para estrear o seu novo espetáculo nesse Teatro que arrendei.
Da verve fabulosa desse menino nasceu Quixeramobim, um espetáculo poético e comovente.
Ah, preciso contar: nas afinidades entre mim e este menino, há o profundo Amor, respeito e gratidão pela criadora do Teatro Essencial, nossa Denise Stoklos.
Aí, de repente, o Universo nos dá de presente estarmos no Festival Internacional Denise Stoklos de Solo Performance, segunda edição. O menino com o seu espetáculo, Quixeramobim, e com a “Palestra Bate-papo” sobre o seu processo criativo. Eu, no Corpo das Escritoras. Agradeço a “São Hoje” por esta graça!
Este santo peguei emprestado de Maria Clara, “personagem real” dessa peça do menino.
E falando em meninos, tantos estão passando pelas mais de 50 ações do FIDS… Meninos e meninas, maviosas e maviosos.
Há outros três meninos que já passaram nesta programação cujas Artes me tocam a alma e o coração, fazem minhas mãos puxarem aplausos calorosos. Apesar de não ter visto todas as apresentações no Festival, conheço os trabalhos. Um veio com “Demos”, outro chegou com “O inferno é um espelho da borda laranja”, o terceiro veio com “Comitê do Sonho”.
No começo da noite de mais um dia, entre outros solos lindos, moças performaram divinamente e eu fico grata por estar na mesma turma a qual elas também pertecem. Sim, é uma questão de pertencimento…
Em seguida, surge uma outra moça, cujo trabalho eu ainda não conhecia, com uma trajetória rica, arrasando quarteirão e adjacências num espetáculo tocante e necessário.
Quem são esses meninos e essas moças, ARTISTAS, que entre outras e outros incríveis na programação do Festival estão fazendo do FIDS um evento inesquecível?
– De Quixeramobim, de R$1,99, da Companhia de Um Homem Só, do Solo Fértil: Ricardo Castro.
– De “Demos”: Luca Lima – De “O inferno é um espelho da borda laranja” : Wander B.
– Do “Comitê do Sonho”: Wallace Dutra
– De “Aos Pedaços”: Tina Andrighetti
– De “pode vir, tô te esperando”: Cleide Vilela
– De “Fome”: Maira Landes
A moça “arrasa quarteirão” que eu não conhecia, a ignorância era minha por ainda não conhecê-la, minha sorte é que boa nova sempre chega: Carolina Virguez ( com “trema” no u ) no espetáculo “Susuné, contos de mulheres negras”.
Ah, tem o menino Davi Giordano que vem regendo a orquestra na direção artística do Festival dias e dias antes, durante e até fechar com chave de ouro este baú artístico.
Tudo sob a curadoria de Denise Stoklos, tudo sob o manto sagrado stokleano!
E eu, menina-moça, não quero mais parar de brincar de FIDS! Só prazer estético, só novos aprendizados, só agradecer!
“Bota um frevo nisso aí!”
Observação: Foto de Luminosa P. Artísticas
1 comentário
Leide Jacob
3 years agoQue apanhado lIndo, Maria.
O fids reuniu todas esTas potencias, voce inclusive, que reverberam em nós.
Que alegria te ler, querida.
😉
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