A Arte Revolucionária de Nadja Marcin (por Leide Jacob)
  02, May, 2022
  2 Comentários
Uhuuuu, o FIDS começou!
E para abrir a semana que muito promete, Nadja Marcin, performer e cineasta alemã, em Masterclass, apresentou alguns de seus trabalhos, caracterizados pela presença da crítica ao poder e às formas de opressão.
Para ela, a performance é um ato de subversão. E esse conceito está estampado em sua arte, que ela considera uma oportunidade de mostrar formas diferentes de ver o mundo e construir outros.
Sob a perspectiva da mulher e criticando estruturas estereotipadas, Nadja trouxe sua visão sobre assuntos espinhosos, como, por exemplo, a sutileza na pontuação do machismo na objetificação do corpo feminino, no vídeo experimental da releitura que a artista faz do curta “como se despir em frente ao seu marido”, de 1937, dirigido por Dwain Esper.
Nadja também apresentou a releitura do discurso de Hitler em “O grande ditador”, filme lançado por Charles Chaplin em 1940. E outros vídeos experimentais em artes plásticas, como “Ophelia” ou “Zero Gravity”, que traz uma crítica aos caminhos que a humanidade está seguindo.
Como dica para as novas gerações de artistas, Nadja sugere observar o mundo com distanciamento, manter a objetividade para se garantir uma visão crítica, já que uma das funções da arte é questionar, fazer perguntas. Afinal, se o capitalismo nos consome, temos que nos libertar para não cair nas armadilhas.
A arte subverte o estado das coisas. E assim, como agente de mudanças, Nadja Marcin marca a primeira atividade do FIDS.
2 comentários
Denise Stoklos
3 years agoLeide querida, que texto ótimo, preciso, bem observado e super inteligente! Sua escrita é sempre um acontecimento! Obrigada. Beijos!
Leide jacob
3 years agoQue honra ser lida por voce, mestra querida. Delicia participar deste Fids incrÍvel. Obrigada por este espaco.
Comentários estão fechados.